O ceratocone é uma doença corneana progressiva, na qual ocorre afinamento do estroma (camada mais espessa da córnea) acompanhado de protrusão apical (em forma de cone) e astigmatismo irregular. Ocorre mais comumente na infância e adolescência, sendo relacionada também ao hábito crônico de coçar os olhos. Além disso, é comum a associação com síndrome de Down, síndrome de Turner, amaurose congênita de Leber, prolapso de valva mitral, retinose pigmentar e síndrome de Marfan.

O diagnóstico é feito através de exame biomicroscópico com lâmpada de fenda, com atenção para localização do afinamento da córnea, estrias de vogt (linhas de tensão verticais na córnea posterior) e anel de fleischer (depósitos epiteliais de ferro na base do cone). Outros exames utilizados para esse diagnóstico são retinoscopia (reflexo em tesoura) e, principalmente, pela topografia (ou tomografia) corneana, que pode demonstrar um aumento de curvatura associado a astigmatismo irregular.

Como suspeitar do ceratocone?
• Queixa de diminuição da visão na infância e adolescência;
• Mudança frequente de óculos;
• Hábito crônico de coçar os olhos;
• Alergias (rinite alérgica, sinusite);
• Olhos sempre vermelhos e inflamados;
• Síndrome de Down, Turner, Marfan, amaurose de Leber, Retinose Pigmentar;
• História familiar de ceratocone;
• Diminuição súbita da visão com dor, fotofobia e lacrimejamento (hidropsia aguda é a ruptura da membrana de descemet que pode ocorrer em pacientes com ceratocone gerando um edema corneano agudo);
• Aumento muito frequente da miopia e do astigmatismo.

Como toda e qualquer alteração ocular, patológica ou não, quando identificada precocemente apresenta melhor prognóstico. Existem tratamentos para o ceratocone, que devem ser recomendados e acompanhados por um especialista.

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Fontes: https://www.cboo.org.br e https://centrocampineiro.com.br.