Avaliações
Na Enxergar realizamos 5 grupos de avaliações da saúde e/ou habilidades do sistema visual:
- Triagem Visual;
- Atestado de Acuidade Visual;
- Exame Visual de Rotina;
- Exame Rendimento Visual;
- Exames de Percepção Visual.

Triagem Visual
Este processo raciona na forma mais eficaz possível as avaliações, especialmente quando os recursos são insuficientes para os cuidados de todos os pacientes de forma imediata. Este grupo de avaliações deveriam ser rotineiramente realizados em escolas, empresas, e no público em geral.
As áreas que habitualmente mais avaliamos na triagens visuais, são:
- Acuidade Visual (Visão de longe e perto);
- Chek List (Perguntas de sinais, sintomas…);
- Percepção Estereoscópica (Visão em 3D);
- Percepção Cromática Básica (Discriminação de cores);
- Inspeção (Observação a olho nu);
- Forias (Estrabismos latentes horizontais e verticais).
Atestado de Acuidade Visual
Os Atestado de Acuidade Visual para efeitos de Certificação rotineiramente são efetuadas por Optometristas, Oftalmologistas ou outros especialistas da saúde visual e/ou ocular reconhecido e de nível superior. Estes atestados em geral requerem a realização de testes com a finalidade de comprovar aptidão do paciente. Os pacientes terão que contemplar os requisitos mínimos exigidos no seu modelo de atestado para ser aprovado como apto.
Os atestados geralmente contemplam testes com níveis básicos de aptidão do sistema visual para contempla as demandas visuais mínimas relacionadas as atividades que pretendem realizar os pacientes, portanto com frequência os níveis da demanda exigidos nos atestados contemplam margens de tolerância à déficits visuais e/ou anomalias do sistema visual. Em diversas instituições publicas ou privadas exigem Atestado de Acuidade Visual para admissão e/ou habilitação, nestes geralmente são exigidos cerca de 4 tipos de avaliações.
As principais áreas que habitualmente são contempladas para avaliação nestes atestados:
- Percepção Cromática;
- Percepção Estereoscópica;
- Acuidade Visual (Visão de longe e perto).
Exame Visual de Rotina (Exame Optométrico Mínimo)
Este geralmente é o primeiro grupo de avaliações que realizamos em bebês, crianças e adultos. Nesse avaliamos a saúde do sistema visual, com o objetivo de determinar os requisitos mínimos para o desenvolvimento e/ou contemplarmos a demanda visual básica dos pacientes.
Neste grupo avaliamos:
- Anamnese;
- Percepção Estereoscópica;
- Acuidade Visual;
- Percepção Cromática;
- Forias;
- Motilidade Ocular Básica;
- Saúde Ocular;
- Estado Refrativo.
Exame de Rendimento Visual
A avaliação completa do rendimento visual pode durar mais de uma hora. Antes desses exames, nós podemos enviar um questionário por e-mail aos nossos pacientes. Isso nos ajudará a conhecer com precisão aspectos da saúde, do desenvolvimento, do aprendizado, das condições ambientais, dos hábitos e das necessidades visuais do paciente. Relacionando essas informações com os dados obtidos nos exames poderemos realizar um melhor diagnóstico, condução e tratamento do caso.
Nesse grupo são avaliadas as habilidades funcionais da visão, com o objetivo de determinar se o rendimento visual corresponde à demanda visual do paciente, as áreas avaliadas são:
- Anamnese;
- Estado Sensorial;
- Acuidade Visual;
- Percepção Cromática;
- Movimentos Oculares;
- Forias;
- Saúde Ocular;
- Estado Refrativo;
- Estado Acomodativo;
- Integração Binocular.
Anamnese: É uma entrevista e/ou questionário produzido por profissionais da saúde para ser aplicados nos pacientes, que tem a intenção de identificar os principais pontos de partida na identificação da causa de suas queixas. Em outras palavras, é uma entrevista e/ou questionário que busca relembrar todos os fatos que posam se relacionar com as suas queixas principais, os questionamentos geralmente contemplam a história da doença atual, doenças preexistentes e medicamentos em uso, interrogatório de sinais e sintomas, antecedentes pessoais e familiares, hábitos de vida, localização onde vive, condições socioeconômicas, dentre outros. Uma anamnese, como qualquer outro tipo de entrevista, possui formas ou técnicas corretas de serem aplicadas. Ao seguir as técnicas podem-se aproveitados ao máximo o tempo disponível para o atendimento, o que contribui para produzir um diagnóstico mais seguro e consequentemente tratamento mais adequado. Sabe-se que a anamnese, quando bem conduzida, direcionara com grande exito o especialista para as mais adequadas conclusões e/ou condutas.
Estado Sensorial: Muitas vezes os pacientes têm a função binocular alterada, mas não tem sintomas, devido a ter desenvolvido pequenas supressões na região macular nesta etapa podemos determinar e avaliar esta condição, que contempla também a avaliação da Percepção Estereoscópica;
Acuidade Visual: É a habilidade para identificar um objeto de determinado tamanho a certa distância. A acuidade visual é medida em visão de longe e em visão de perto e nos informa com que nitidez o paciente vê a televisão, o quadro-negro, o computador, o livro…
Percepção Cromática: É o exame realizado para detecção do daltonismo, pode ser utilizado também na avaliação de doenças que acometem o nervo óptico, pesquisando a deficiência na visão de cores, e nas doenças maculares (área da retina com alta concentração de cones). O daltonismo e doenças do nervo óptico causam confusão no eixo verde/vermelho e as doenças adquiridas na mácula tendem alterar a percepção de azul/amarelho.
Movimentos Oculares: Esses movimentos requerem de uma grande precisão para que os olhos consigam seguir, sem dificuldade, um objeto em movimento e para que possamos mudar o olhar de maneira rápida e eficaz de um objeto para outro. Também são muito importantes para realizar o processo da leitura de maneira eficaz. Estão direitamente relacionados com a velocidade e a compreensão do que lemos.
Saúde Ocular: Avaliamos se os globos oculares, seus anexos tem alguma patologia ou disfunção, seja na parte anterior, posterior e reflexa. No caso de existir qualquer suspeita, o paciente será derivado ao correlato especialista para realizar o diagnóstico e/ou o tratamento necessário. Destacamos algumas avaliações desta área: Observação Externa, Inspeção, Oftalmoscopia, Tonometria, Reflexos Pupilares, Biomicroscopia, Auscultação, Sensibilidade ao Contraste, Campimetria por Confrontação, Tela de Amsler, Palpação…
Estado refrativo: Através dessa prova o Optometrista avalia se o olho tem algum defeito que impeça a focalização das imagens na retina produzindo visão embaçada. O Optometrista Comportamental não busca somente a prescrição que proporcione uma imagem mais nítida, mas que proporcione a melhor eficácia de todo o sistema visual em conjunto.
Estado Acomodativo: Mede a habilidade para mudar o foco de visão de longe à visão de perto e vice-versa. Também mede a habilidade de manter a nitidez da imagem durante um longo período de tempo enquanto se realiza uma tarefa de perto. Se não podemos manter o foco, o rendimento visual de perto será baixo, produzindo uma grande quantidade de sintomas.
Integração Binocular: Mede a habilidade de trabalhar com os dois olhos ao mesmo tempo. Problemas na coordenação dos dois olhos podem provocar dores de cabeça, visão dupla, supressão de um olho e fatiga visual generalizada. Também pode resultar em estrabismo manifesto (desvio de um olho aparente).
Exames de Percepção Visual
Através desse exame avaliamos como o cérebro interpreta a informação visual e como essa informação visual se relaciona com os outros sentidos.
Neste grupo de exames aplicamos:
- Exame do Desenvolvimento Motor;
- Exame de Lateralidade, Direcionalidade e Integração Bilateral;
- Exame de Percepção Visual;
- Exame de Integração Viso – Motora;
- Exame de Integração Viso – Auditiva.
Exame do Desenvolvimento Motor: Dado que o Desenvolvimento Motor está reciprocamente relacionado com o desenvolvimento visual, devemos analisar as interferências que o sistema motor pode estar causando no sistema visual.
Dentro desse exame são realizadas as avaliações dos Reflexos Primitivos, consciência corporal, equilíbrio, cruzamento da linha média, salto coordenado e padrões de marcha.
Exame de Lateralidade, Direcionalidade e Integração Bilateral: O Exame de Lateralidade avalia se a pessoa tem consciência interna dos dois lados do seu corpo e se sabe diferencia-los.
No Exame de direcionalidade avaliamos se o paciente sabe interpretar as direções direita e esquerda nos três eixos do espaço externo.
O Exame de Integração Bilateral avalia se a pessoa é consciente das duas metades do corpo de maneira separada e de maneira simultânea. Em consequência avaliamos a capacidade de usar, de uma forma integrada, os dois hemisférios cerebrais e de relacionar a informação visual com outras informações corporais.
Exame de Percepção Visual: Avalia a maneira que o cérebro processa a informação visual e as suas diferentes áreas, percepção estereoscópica, memória visual, constância de forma, figura-fundo, fechamento visual, memória sequencial, relações espaciais, e discriminação visual.
Exame de Integração Viso – Motora: Nesse exame se realizam as provas para determinar a motricidade fina, ou seja, o uso preciso das mãos e dedos, e o controle do lápis e da relação entre a informação visual processada e a cópia exata do que vemos.
Exame de Integração Viso – Auditiva: Avalia a capacidade de integrar a informação visual e auditiva recebida, e a sua correspondente resposta oral e escrita.
Aconselhamos que estes exames sejam executado após o Exame de Rendimento Visual, geralmente estes também levam mais de uma hora para realização, então aconselhamos que sejam verificados em dias distintos para o paciente mante-se dispostos e descanados ao longo de grande parte das avaliações.
Tratamentos
Auxílios Ópticos Para o Sistema Visual
Os auxílios ópticos para o sistema visual se dividem em vários tipos, os principais são:
- Correções Refrativas;
- Lentes de Rendimento;
- Lentes Prismas;
- Lentes Filtrantes;
- Lentes de contato.
Correções Refrativas
As lentes de correções refrativa são prescritas para compensar o excesso ou a falta de potência do globo ocular (erros refrativos/ametropias) e assim proporcionar imagens nítidas na retina. Por tanto, permitem compensar os erros refrativos como a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo ou a presbiopia.
Em função do número de potências focais as lentes podem ser:
- Monofocais/ Visão Simples: Tem somente uma potência. Lentes com focos em uma única distância;
- Bifocais: Tem duas potências. Lentes com focos em duas distâncias;
- Multifocais Funcionais: Tem em geral variações de potencias de media até curta distância. Permitem o foco em várias distâncias;
- Multifocais: Tem variações de potencia em geral de longa até curta distância. Permitem o foco em várias distâncias.
Lentes de Rendimento
O objetivo dessas lentes não é compensar nenhum defeito refrativo, mas sim modificar a acomodação o “esforço” que o sistema visual tem que fazer para manter a imagem focada. Em muitos casos se utilizam óculos bifocais para proporcionar um equilíbrio focal de longe e perto mesmo em crianças e jovens.
Lentes Prismas
As lentes prismáticas são lentes que quando olhamos através dela observamos deslocamento aparente do objeto de fixação.
Da mesma forma que as lentes de correções refrativas, os prismas podem ter uma função compensatória ou uma função Comportamental (prismas posturais).
Os prismas compensatórios são utilizados em estrabismos, em casos de visão dupla, em traumatismos crânio-encefálicos ou em dificuldades para alinhar os eixos visuais.
Os prismas posturais são utilizados para modificar a percepção do espaço levando o paciente a mudar sua postura visual, corporal e a realizar mudanças no seu comportamento em geral.
Dentro deste grupo encontramos os Micro Prismas e os Prismas Gêmeos, chamados desta forma porque sua prescrição é realizada com a mesma potência e a mesma base em ambos os olhos. Estes prismas são usados para tratar problemas de visão binocular, problemas acomodativos, miopias de aparição recente, lesões cerebrais e traumatismos crânio-encefálicos.
Lentes Filtrantes
Pioneiramente no Brasil dispomos na Enxergar Exames Visuais de inovador e relevante aplicativo, que permite aos usuários alterarem as cores das imagens para ver como estas seriam se vistas através de lentes coloridas. Os usuários podem mudar as cores até que as imagens sejam processadas de acordo as escolhas do especialista e/ou paciente. Logo este aplicativo determinar quais matizes existentes nos arquivos estão nas proximidades das matizes dos filtros personalizados com uso deste. As imagens para analise das matizes dos filtros fornecidas são cenas da natureza, para fins especiais, imagens de teste para daltonismo (Ishihara), dentre outras imagens relacionadas com apelos terapêuticos e muito mais.
Os usuários podem fazer upload de imagens de interesse e visualizar estas de forma simulada, para analisar como ficariam com diversas matizes, podendo se beneficiar sobremodo em muitos casos, pois exibem imagens em monitores (tela de computador) com características muito similar ao que seriam visualizadas por pessoas que estivessem utilizando óculos solares, filtros terapêuticos, dentre outros artigos ópticos com os pretensos e/ou personalizados filtros de cores.
Desta forma poderemos selecionar as cores de filtros de ampla lista de matizes já disponíveis em nossos arquivos, ou gerar até personalizações de matizes com filtros de cores novas.
Dentre os vários recursos deste aplicativo para os pacientes e usuários estão:
Selecionar cores de óculos solares agradáveis;
De forma experimentais ou com matizes reconhecidas para aprimorar a percepção visual de daltônicos;
Melhorar habilidades e o rendimento do sistema visual;
Contribuir terapeuticamente com filtros para saúde visual com matizes personalizadas ou reconhecidas.
Como podemos constatar no vídeo acima o aplicativo permite analisarmos a cores das images como seriam vistas através de lentes filtrantes personalizadas, conforme determinado pela localização do cursor na tela. Tendo escolhido uma cor de filtro personalizado, então podemos identificar quais matizes de filtros com padrões existentes estão mais próximas dos filtros personalizados para utilizarmos ou customizarmos um novo filtro com maior semelhança aos obtido na nossa personalização. Contudo este aplicativo pode nos ajudar a customizar e/ou a criar filtros com cores personalizadas, mas principalmente podermos realizar vários ensaios em nosso pacientes ou qualquer usuários com uma extensa gama de excelentes filtros de cores com eficacia reconhecida que estão arquivados no sistema que seria dispendioso ou até inviável termos caixas de provas com tamanha gama de filtros e com tamanha facilidade de se realizar os ensaios.
Lentes de Contato (LC)
As lentes de contato permitem que o paciente possa corrigir seu erro refrativo (miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo) sem a necessidade de usar óculos.
O seu uso oferece inumeráveis vantagens como: praticar esportes sem riscos, aumento da visão periférica e uma visão mais aproximada a qual teria o paciente caso não tivesse um erro refrativo.
Atualmente existe no mercado muitos materiais e frequência de utilização: diárias, mensais ou de uso prolongado e essa inúmera variedade reduz muito a quantidade de pessoas não-aptas para o uso de lentes de contato.
A adaptação de lentes de contato é uma ferramenta de trabalho indispensável para determinados tipos de tratamento e o Optometrista é, por excelência, o profissional mais indicado para a adaptação dessas lentes.
Em pacientes com ambliopia, estrabismos e anisometropia o uso de lentes de contato não é somente uma opção mais de tratamento, mas funcionalmente, é a opção mais indicada tanto se iniciamos um tratamento de Terapia Visual ou não. Por esse motivo, muitas vezes, é recomendado o uso de lentes de contato em crianças. Graças ao grande avanço da tecnologia, hoje existem lentes que podem ser adaptar em qualquer idade, inclusive em bebês com total segurança.
Existem também algumas adaptações especiais de lentes de contato, cujas quais, poucos profissionais estão capacitados para realizá-las. Entre elas estão:
Adaptações de LC em córneas irregulares;
Ortoceratologia (Ortho-K) (no momento não estamos adaptamos este tipo de lentes, item puramente ilustrativo e informativo).
Adaptações de lentes de contato em córneas irregulares
A córnea é a parte anterior do olho e sua função é proteger a Iris (parte colorida do olho) e o Cristalino (lente interna do olho). Esta estrutura é transparente e graças a sua forma convexa atua como uma lente para focalizar os raios de luz. Quando a córnea tem anomalias severas na sua forma denominamos essa córnea de irregular.consequência de uma irregularidade corneal é uma redução visual do olho afetado.
O que pode causar córneas irregulares?
Podemos encontrar irregularidades corneanas causadas por:
- Processos infecciosos;
- Processos autoimunes;
- Ceratocone;
- Degeneração Marginal Pelúcida (DMP);
- Distrofias corneais;
- Ceratoplastia;
- Cirurgia refrativa;
- Implantes intraestromais.
A consequência de uma irregularidade corneal é uma redução visual do olho afetado.
Como se tratam as irregularidades corneanas?
Em muitos casos, a cirurgia de transplante de córnea é recomendada como a única alternativa para os casos de irregularidades corneanas, mais isso não é sempre assim. A adaptação de uma lente de contato pode melhorar a visão significativamente, em diferentes proporções dependendo de cada caso.
Atualmente existem lentes de contato mistas, isto é, rígidas no centro e gelatinosas na periferia. São indicadas para ceratocone e apresentam um conforto superior as lentes de contato duras. A alguns anos as únicas lentes que se tinha capacidade de corrigir as distorções visuais eram as lentes de contato rígidas permeáveis ao gás (RGP). Os Optometristas realizam estes tipos de adaptações através de um exame específico e o uso das técnicas mais atualizadas.
Terapias Visuais
O conceito de terapias visuais que se utilizamos vai muito mais além do que se imagina como “fisioterapia” ou “estimulação” para os olhos. Nossa terapias visuais estão baseada na neuroplásticidade cerebral e nosso objetivo é criar novos aprendizados sobre as habilidades visuais.
Em função dos resultados obtidos no exame optométrico, de percepção, de processamento da informação visual e das necessidades escolares, acadêmicas, laborais, esportivas ou de ócio do paciente, preparamos um programa personalizado de exercícios orientado a desenvolver e potencializar ao máximo as habilidades visuais e a integração das mesmas com o resto dos sentidos. Dessa maneira conseguimos mudar o modo de utilizar o sistema visual e como conseqüência melhoramos o rendimento escolar, laboral, esportivo e reduzimos ou eliminamos os sintomas que apresenta inicialmente o paciente. Resumindo, criamos novas conexões neurológicas, criamos uma nova maneira de ver.
Existem uma série de dúvidas frequentes sobre as terapias visuais. Vamos responder algumas delas:
Como são feitaa as Terapias Visuais?
Os programas de Terapias Visuais são habitualmente realizados com a combinação do trabalho no consultório e em casa.
O trabalho no consultório é realizado, no mínimo, uma vez por semana em sessões entre 45 e 60 minutos com exercícios específicos e nos níveis adequados para cada caso. Nas sessões realizadas no consultório, também são explicados os exercícios que devem ser praticados em casa.
As terapias em casa consistem em série de exercícios de aproximadamente 20 minutos e são necessários para a automatização das mudanças adquiridas no consultório. Estes procedimentos são modificados à medida que o paciente avance nas terapias. Para conseguir estas mudanças é imprescindível a implicação do paciente e dos pais no caso de crianças.
Quanto tempo dura um programa de Terapia Visual?
A duração de um programa de Terapia Visual varia em função do problema e dos objetivos a conseguir.
Uma vez realizada a avaliação, feito o diagnóstico e planejado os objetivos das Terapias, o Optometrista Comportamental poderá proporcionar um tempo estimado de duração do tratamento.
E durante o tratamento, o Optometrista realiza exames para avaliar a evolução do paciente e em função do observado as estimativas iniciais poderão ser ajustadas.
É possível combinar as Terapias Visuais com outras terapias?
Sim. Em alguns casos o Optometrista pode considerar necessário a realização de outras terapias, como por exemplo: a Osteopatia, a Fisioterapia, a Reeducação Auditiva ou a Psicologia.
Quais habilidades visuais são trabalhadas em programas de Terapias Visuais Comportamentais?
As Terapias Visuais Comportamentais trabalha com uma grande porcentagem de êxito em:
- Problemas de foco ou acomodativos;
- Problemas de controle oculomotor;
- Problemas binoculares;
- Problemas nas habilidades perceptivas;
- Dificuldades de atenção e concentração;
- Problemas no pensamento visual;
- Problemas no pensamento matemático;
- Integração viso-motora;
- Integração viso-auditiva.
Ao finalizar o programa, através da repetição de uma série de exercícios específicos, conseguiremos automatizar e integrar as mudanças neurológicas que passarão a formar parte do paciente sem que ele precise fazer nada para mantê-las e sem medo que os problemas visuais voltem a aparecer.
Reabilitações Visuais
Os principais pacientes na reabilitações visuais são pessoas com visão subnormal (baixa visão). Em geral as reabilitações visuais são indicadas para pacientes com visão subnormal quando se esgotam os tratamentos oftalmológicos e de outras áreas da saúde visual que lhes possibilitem sair deste grau de déficit na percepção visual. As reabilitações nestes casos visam ensaios e adaptações de auxílios ópticos (lentes de aumento, lupas, telelupas, prismas, filtros…), não ópticos (aproximação, recursos de aumento, iluminação, propriocepção, comportamentais…) ou recursos eletrônicos (lupas eletrônicas e afins) para melhorar a qualidade visual do paciente para determinadas atividades buscando sua maior autonomia e conforto. Os ensaios são realizados sem dilatar as pupilas, normalmente o paciente faz, mais de duas visitas para a conclusão dos ensaios e adaptações, senso desejável que traga recursos que já utiliza na tentativa de melhora das atividades da vida diária.
Problemas Refrativos

- Miopia: Erro refrativo caracterizado pela incapacidade dos olhos para focar corretamente objetos distantes. Esse transtorno é explicado pelo fato da imagem do objeto estar focalizada antes da retina. Por esse motivo a imagem percebida é embaçada e desfocada. Uma das causas principais é que o olho tem uma potência focal maior que a necessária gerada por uma maior curvatura da córnea ou por um aumento da potência do cristalino. A outra causa pode ser que o globo ocular tenha um formato excessivamente alargado. Porém os míopes habitualmente podem ver de maneira clara os objetos que estão perto. Quando prescrevemos lentes negativas conseguimos situar o ponto de foco sobre a retina.
- Astigmatismo: Esse erro refrativo provoca que o objeto que vemos não gere uma imagem na retina, mas duas imagens separadas entre elas produzindo uma visão embaçada e distorcida. Estas duas imagens estão produzidas por uma diferença dos raios de curvatura na córnea, no cristalino ou no globo ocular. Esse problema pode estar associado a miopias ou hipermetropias.
- Hipermetropia: Esse erro refrativo é caracterizado por uma imagem do objeto focalizada atrás da retina. Por tanto, a imagem geralmente é vista levemente desfocada em visão de longe e significativamente mais desfocada em visão de perto. Esta condição pode ser causada pelo fato do globo ocular ter um tamanho menor do normal ou que a potência da córnea ou cristalino seja insuficiente. A pessoa hipermetrope pode realizar um esforço acomodativo para conseguir focar as imagens. Esse esforço pode produzir sintomas como dores de cabeça, fatiga geral, ou embaçamento intermitente que diminui a eficácia para realizar tarefas como ler, escrever ou copiar. A prescrição de lentes positivas permite colocar o foco da imagem sobre a retina, diminuindo os sintomas e melhorando o rendimento visual.
- Presbiopia: Condição refrativa que aparece a partir dos 40 anos. Caracteriza-se por apresentar dificuldade para focar imagens de perto em especial na leitura ou escrita. Essa condição se compensa com lentes positivas para perto.
Fonte: www.institutothea.com.
Problemas de Eficiência Visual
O sistema visual age coordenando os dois olhos para que possamos ver uma única imagem (Sistema Binocular), focando essa imagem nas diferentes distâncias (Sistema Acomodativo), movimentando os olhos para manter o olhar num objeto em movimento (Movimentos de Seguimento) e para saltar de um estímulo à outro (Movimentos Sacádicos). A Eficácia Visual, por tanto, dependerá da capacidade do individuo para coordenar todas essas habilidades e mantê-las com o passar do tempo.
Como estas habilidades não estão isoladas dentro do sistema visual e se complementam, um desequilibro em algumas delas pode comprometer o desequilibro das outras.
Quando o sistema se desequilibra, aparecem problemas em alguns segmentos ou em todos, gerando:
Problemas Acomodativos
A acomodação é a habilidade para focar estímulos visuais de uma maneira rápida, automática e mantida no tempo, independentemente da distancia que esteja esse estímulo.
A acomodação ajuda a identificar o objeto que estamos vendo (O que é isso?) e para conseguir essa identificação precisamos de uma imagem nítida na retina de cada olho.
A acomodação também esta relacionada com a capacidade de direcionar e manter a atenção. Se um objeto vai perdendo a nitidez, manter a atenção sobre ele vai ser uma tarefa trabalhosa.
Sintomas causados por uma disfunção acomodativa:
- O paciente tende a aproximar-se muito aos objetos nas tarefas de perto;
- Visão embaçada ocasional ou mantida em visão próxima;
- Visão embaçada ao realizar mudanças de foco de longe/perto ou vice-versa;
- Dificuldade para copiar do quadro-negro;
- Evitar o trabalho de perto;
- Baixa compreensão leitora;
- Olhos vermelhos;
- Dor de cabeça com o trabalho de perto;
- Problemas para manter a atenção.
Problemas Oculomotores
Graças a os Movimentos Oculomotores podemos localizar os objetos no espaço (Onde está?).
Existem três tipos de Movimentos Oculomotores e o seu controle está muito ligado com o Desenvolvimento Motor. Uma boa qualidade de esses movimentos são essenciais para ler, escrever, praticar esportes, conduzir ou realizar qualquer atividade que implique a visão.
1. Fixação: Sustento do olhar sobre um estímulo. Somente quando os olhos se mantêm quietos sobre um estímulo podem discriminar e determinar de que se trata.
2. Movimentos de seguimento: Movimento que permite sustentar o olhar sobre um estímulo em movimento.
- Sacádicos de grande amplitude: São os mais grossos e são os usados para trocar o olhar de uma mão para a outra por exemplo. Esses movimentos são importantes, por exemplo, para praticar esportes, já que permitem seguir uma bola em movimento;
- Sacádicos de baixa amplitude: São mais finos e precisos já que nos permitem ler e escrever. Se esses mo
vimentos não são corretos pode haver percas de lugar ao ler e pode haver lentidão na hora de escrever.
Sintomas causados por uma disfunção dos movimentos oculomotores:
- Dificuldade para manter a atenção;
- Perdas de atenção continuadas;
- Perdas de lugar ao ler;
- Omissão, repetição ou salto palavras ao ler;
- Intercambio de palavras ou letras ao ler;
- Necessidade de usar o dedo para ler;
- Lentidão ao ler;
- Baixa compreensão leitora;
- Dificuldade para copiar do quadro negro;
- Lentidão ao escrever;
- Dificuldade para praticar esportes;
- Pouca habilidade motora geral e na coordenação olho mão;
- Enjoos com o movimento ou no carro.
Problemas Binoculares
Devido ao fato do sistema visual estar provido de dois olhos, estes devem trabalhar coordenadamente para obter uma imagem única, como se os dois olhos fossem um só. Essa habilidade nos permite ver somente uma imagem dos objetos, em todas as distâncias, de uma maneira rápida e mantida no tempo. Graças a esta coordenação dos dois olhos podemos perceber as imagens em três dimensões (estereopsia).
Sintomas causados por uma disfunção binocular:
- Posturas corporais anômalas;
- O paciente tende a aproximar-se muito nas tarefas de perto;
- Giro da cabeça para evitar a visão dupla;
- O paciente tem visão dupla ocasional;
- O paciente esfrega os olhos frequentemente;
- Problemas para ler, escrever ou copiar do quadro-negro;
- Baixa compreensão leitora;
- Baixa estereopsia;
- Estrabismo;
- Dificuldades e/ou desconforto ao ver filmes em 3D;
- Não enxerga significativa diferença na imagens de cinema 3D para os outros.
Fonte: www.institutothea.com.
Problemas de Aprendizagem
É denominado aprendizagem o processo de aquisição de conhecimento, habilidades, valores e atitudes, possibilitado mediante o estudo, o ensino ou a experiência.
Em um processo de aprendizagem de nível superior, como é o caso da leitura, da escrita, da matemática ou do desenvolvimento da lógica, estão implicadas uma série de habilidades visuais e perceptivas que as crianças devem ter completamente desenvolvidas ao começar a etapa escolar (6 anos). Se algo interfere no desenvolvimento das habilidades visuais, o processo de aprendizagem sofrerá uma alteração. A criança criará umas estratégias para compensar o seu problema visual frente às demandas exigidas no colégio, até que o nível escolar seja tão elevado para ela, que as suas estratégias serão insuficientes e aparecerão os chamados “problemas de aprendizagem”.
Os pais, professores e médicos assumem que se uma criança pode ver perfeitamente de longe ela pode ler e escrever, mais as habilidades visuais necessárias para perto e para longe são totalmente diferentes e precisam ser avaliadas de maneira diferente.
A visão está direitamente relacionada com os problemas de aprendizagem. Por exemplo, se os olhos não se movimentam corretamente, aprender a ler pode ser quase impossível. Essas crianças vão saltar ou repetir palavras durante a leitura. Se movimentar os olhos não é um ato mecânico e precisa de atenção, provavelmente a criança conseguirá ler, mas não compreenderá o conteúdo do texto. A criança não pode aprender corretamente se as palavras vão se embaçando ou parecem duplas cada vez que as olha. Por outro lado, existem problemas que incluem diferentes áreas da percepção visual. Por exemplo, se a descriminação visual não é ótima, a criança pode confundir caracteres semelhantes, se a percepção da figura-fundo não é correta, encontrar a ideia principal de um relato vai ser difícil e se a memória visual não for adequada, pode causar um aumento dos erros de ortografia ou problemas para soletrar as palavras.
Normalmente as crianças não podem reconhecer um problema para enfocar as letras, visão dupla ou de rastreamento de leitura por elas mesmas. Elas assumem que todo mundo vê da maneira que elas vêem. É por esse motivo que se recomenda uma avaliação completa da visão antes de começar o ensino fundamental, para evitar futuros problemas de aprendizagem.
Sinais e Sintomas de Alarme nas crianças
- Desinteresse pela leitura, escrita, e por todas as atividades realizadas ao perto;
- Sussurro permanente, durante a leitura;
- Seguimentos com o dedo;
- Linhas que são saltadas ou lidas duas vezes;
- Pestanejar exagerado, franzir as sobrancelhas para ler;
- Posição rígida durante a leitura, esfregar os olhos;Dores de cabeça ou cansaço exagerado depois de uma tarefa de perto, ou não conseguir, de seguida, ler para longe;
- Dificuldades na percepção e na escrita de alguns símbolos: m, n, p, q, b, d, a, o;
- Desatenção permanente, incapacidade de manter o mesmo trabalho durante muito tempo;
- Incapacidade de reproduzir ou resumir um texto lido;
- Inclinar ou rodar a cabeça para fixar melhor, piscar um dos olhos;
- Sensibilidade exagerada à luz;
- Má coordenação motora, que pode ser demonstrada por tropeções e quedas;
- Frequentes, falta de pontaria, ou falhar muitas vezes um pontapé na bola.
- Diferenças de concentração na sala de aula quando está posicionado perto ou longe do quadro.
Temos que ter atenção redobradas nas crianças, pois muitas vezes não apresentam nenhum sintomas ou sinais evidentes e mesmo assim podem ter um problema visual.
Ambliopia e Estrabismo
Ambliopia
A ambliopia funcional é uma condição unilateral ou, com pouca frequência bilateral, na qual, a melhor acuidade visual com correção (óculos ou lentes de contato) é menor que 20/20 (100%) em ausência de anomalias estruturais ou patológicas óbvias.
A nível comportamental a ambliopia é uma disfunção para recolher, processar, analisar e responder a informação visual. Por tanto o olho ambliope terá dificuldades em habilidades visuais como os movimentos oculomotores, a acomodação ou a localização espacial.
Frequentemente a ambliopia está associada a:
- Erros refrativos: Diferenças de nitidez entre as imagens provenientes de cada olho devido a hipermetropias, miopias ou astigmatismos;
- Estrabismos unilaterais constantes: Desvio de um dos olhos de maneira permanente.
Devido ao fato do sistema visual estar formado por dois olhos, o cérebro deve fusionar as duas imagens que recebe. Se a nitidez dessas imagens ou o alinhamento das mesmas são muito diferentes, o cérebro começará a ignorar a imagem de menor qualidade dando resultado ao que chamamos ambliopia.
Tratamento da Ambliopia
O tratamento pode incluir:
- Óculos ou lentes de contato;
- Tampão (Oclusão);
- Terapia visual para ajudar a igualar as habilidades oculomotoras, acomodativas, perceptivas e restaurar a visão binocular.
Através desse protocolo de atuação e graças a neuroplasticidade cerebral a Optometria Comportamental pode tratar com sucesso as ambliopias a qualquer idade.
Estrabismo
O estrabismo e a incapacidade de alinhar os dois olhos no mesmo ponto do espaço ao mesmo tempo. Essa condição é conhecida coloquialmente como olho vesgo.
Este desalinhamento pode ser:
- Constante: Um dos dois olhos sempre está desalinhado;
- Intermitente: Algumas vezes um dos dois olhos está desalinhado;
- Unilateral: Sempre está desalinhado o mesmo olho;
- Alternante: O olho desalinhado não é sempre o mesmo
Em função da direção do desalinhamento o estrabismo pode ser:
- Endotropia: O desalinhamento do olho é para dentro (para o nariz);
- Exotropia: O desalinhamento do olho é para fora;
- Hipertropia/Hipotropia: O desalinhamento e para cima ou para baixo;
- Ciclotropia: Rotação do olho com respeito ao seu eixo anterior-posterior.
O desvio pode ser devido a múltiplas causas, e antes de estabelecer um prognóstico e realizar o tratamento é muito importante encontrar a origem do desalinhamento.
Esse desalinhamento pode ser causado por:
- Anisometropia: Diferença do erro refrativo de um olho para o outro;
- Mau desenvolvimento da coordenação binocular;
- Problemas acomodativos;
- Patologias;
- Traumatismos e/ou lesões cerebrais.
Tratamento do Estrabismo
O tratamento, na maioria dos casos, depende da causa do desvio e pode incluir:
- Óculos ou lentes de contato;
- Oclusão;
- Terapia Visual para alinhar os eixos visuais e desenvolver uma visão binocular, mantendo os dois olhos trabalhando de uma maneira conjunta durante o maior tempo possível ao longo do tratamento.
Através de um protocolo de atuação adequado e graças a neuroplasticidade cerebral a Optometria Comportamental pode tratar com sucesso os estrabismos a qualquer idade.
Visão Subnormal(Baixa Visão)

Tipos de Visão Subnormal
A perda da visão pode ocorrer por diversas causas e, por isso, pode afetar diferentes regiões da visão – a periférica ou a central. Os que perderam a visão central ou tiveram a visão central comprometida têm a percepção dos detalhes reduzida e, por isso, apresentam maior dificuldade de leitura. Já aqueles que tiveram a visão periférica afetada, enfrentam dificuldades de mobilidade. Não tão frequente, a visão subnormal pode ser caracterizada pela perda da percepção do contraste e das cores. O momento em que surge a visão subnormal também interfere nas necessidades que o portador terá. Quando congênita, há uma série de adaptações mais delicadas, como por exemplo, a alfabetização.
Convivendo com a Visão Subnormal
Os portadores de visão subnormal precisam saber lidar com a sua deficiência e, principalmente, aprender a maximizar a visão que têm.
Para auxiliar o uso da visão remanescente existem diversos recursos ópticos, como lentes de aumento projetadas para uso específico em cada atividade. São eles: óculos de aumento, mais fortes que os óculos comuns; lupas manuais, usadas principalmente para a leitura; lupas de apoio, posicionadas próximas ao objeto que se quer enxergar; telelupas, usadas para aumentar imagens que estão distantes; câmeras que são projetadas para aumentadas o tamanho das imagens em telas, monitores ou TVs.
Além dos auxílios ópticos, existem outras formas de potencializar a visão remanescente: com o uso dos auxílios não ópticos. Ao contrário do que diz a crença popular, assistir à televisão muito próximo da tela não faz mal, quando bem executado é um exceleste recursos não óptico indicado para quem tem baixa visão. Se aproximar dos objetos, aumentar o tamanho das letras e procurar por produtos que possuam alto contraste são medidas não ópticas que podem auxiliar.
A iluminação é fator decisivo na hora de se enxergar um objeto, até para aqueles que não possuem nenhum problema de visão. Os idosos, por exemplo, necessitam do dobro da iluminação que os jovens precisam para identificar um objeto ou fazer uma tarefa. Quem tem visão subnormal deve estar sempre atento à iluminação, direcionando o foco da luz para o objeto que vai ser observado, usando lentes que controlem o brilho e protegendo os olhos da luz direta.
Dúvidas Frequentes
Veja abaixo as dúvidas mais comuns de portadores de Visão Subnormal e pessoas que convivem com algum portador. Caso sua dúvida não esteja na relação abaixo, fale conosco ou nos envie uma mensagem.
1- Ter visão subnormal é o mesmo que ser cego?
Não, a visão subnormal é caracterizada pela existência de uma visão útil, quando associada a acessórios. Na cegueira não há visão útil, nem mesmo com o uso de acessórios.
2- Como distinguir um problema de visão da visão subnormal?
A grande diferença é que, nos casos de visão subnormal, a visão é insuficiente para a realização das tarefas comuns do dia a dia, mesmo com o uso de óculos, lentes de contato ou após a realização de cirurgias. Além desta característica, a visão subnormal pode ser diagnosticada através da avaliação de acuidade visual, no qual as pessoas com visão normal conseguem enxergar letras que estão a 20 metros, enquanto, uma pessoa com baixa visão só enxerga estas mesmas letras a 6 metros de distância. Isto, mesmo com o auxílio de óculos, lentes de contato e/ou após correções cirúrgicas.
3- Em qual idade pode surgir a visão subnormal?
Em qualquer idade. Existem patologias congênitas (presentes desde o nascimento) e patologias adquiridas ao longo da vida que podem levar à visão subnormal. A avaliação de visão subnormal deve ser indicada, quando os tratamentos e acessórios forem insuficientes para proporcionar uma visão que permita a realização de atividades comuns.
4- O que causa a visão subnormal?
Nas crianças, incidem as doenças congênitas como a catarata, o glaucoma e a atrofia. Alguns casos de prematuridade podem causar uma deficiência visual e chegar até a visão subnormal. Nos adultos, a visão subnormal pode ser causada por doenças como o diabetes, descolamento de retina, catarata, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), glaucoma e traumas oculares. Entre os idosos, a Degeneração Macular Relacionada à Idade é a maior causa.
5- Há cura para a visão subnormal? Qual o tratamento indicado?
A visão subnormal se caracteriza exatamente pela impossibilidade de reverter a perda da visão. Por isso, os especialistas procuram maximizar a visão remanescente e, assim, proporcionar mais qualidade de vida aos portadores de visão subnormal. Isso é feito através de avaliações para prescrições, e indicações de quais recursos são mais adequados para cada pessoa. Podendo ser indicado o uso de auxílios ópticos e não ópticos, também a realização de treinamentos para o melhor aproveitamento da visão, dentre outros.
6- Quais são os recursos usados na visão subnormal?
Podem ser utilizados auxílios ópticos e não ópticos. Os auxílios ópticos são divididos entre aqueles que são utilizados para facilitar a visualização do que está perto e aqueles usados para avistar o que está longe. Ampliadores de imagem, como lentes e lupas, possibilitam a realização de tarefas como a costura, leitura, escrita e outras atividades que necessitam de proximidade do objeto. Já para enxergar aquilo que está mais distante, como placas de trânsito ou um quadro escolar, pode-se fazer uso de lentes de especiais (primas, filtros…), telelupas, telescópios, lupas, dentre outros.
Os auxílios não ópticos visam dar aos objetos as características necessárias para facilitar a sua visualização. Aumentar a letra dos textos, a iluminação do ambiente e o contraste dos objetos facilitam a sua visualização. Os auxílios não ópticos procuram adaptar o ambiente e/ou o comportamento para que se possa dispensar e/ou potencializar o uso dos auxílios ópticos.
Fonte: www.visaosubnormal.org.br e pimaucs.blogspot.com.br.
Visão Esportiva
Sabemos que a visão é um sistema complexo e que está diretamente relacionado com o sistema motor e sensorial do nosso organismo.
O sistema visual fornece 80% da informação necessária para realizar um movimento de maneira correta e também é um instrumento de retroalimentação imprescindível para a aprendizagem e a melhora das ações.
Não é difícil compreender a importância de uma boa visão na prática de esportes se aceitamos que a visão é um elemento fundamental para a execução do movimento e que os esportes requerem a realização de movimentos precisos. Para praticar esportes é necessário uma atenção visual constante, e um fator importante para conseguir êxitos esportivos é que o sistema visual guie bem o sistema motor.
Diversos estudos demonstram que determinadas habilidades visuais estão mais desenvolvidas nos atletas que em pessoas que não praticam esportes e que estas habilidades são melhores nos atletas de elite que naqueles que amadores.
Também está demonstrado que se podem treinar as habilidades visuais para conseguir um melhor rendimento.
A visão esportiva se ocupa em conseguir o máximo rendimento visual do atleta. Através da Terapia Visual é possível aumentar o rendimento esportivo aplicando um processo mediante o qual são desenvolvidos os comportamentos visuais requeridos na prática de cada uma das disciplinas esportivas.
A visão esportiva trata de informar aos atletas, técnicos e preparadores a importância da visão e a sua relação com o rendimento esportivo.
O exame Optométrico para visão esportiva trata de avaliar se existe alguma anomalia visual que está influenciando sobre o esporte praticado. Os testes realizados ao atleta serão adaptados ao esporte que ele pratica e na posição que ocupa no campo de jogo, buscando assim, reproduzir o mais próximo possível as condições reais de jogo.
Alguns estudos demonstram que as melhoras obtidas são:
- Maior amplitude do campo visual;
- Melhor percepção do movimento;
- Melhor coordenação binocular;
- Melhores movimentos oculomotores;
- Melhor acuidade visual dinâmica e ao contraste;
- Visão simultânea mais consciente;
- Percepção mais exata;
- Melhor cálculo de distâncias e orientação espacial;
- Melhor percepção em três dimensões.
Fonte: www.institutothea.com.